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O Mandarim
Eça de Queirós
Teodoro, lisboeta dos finais do século XIX, funcionário do Estado, vive na Baixa da cidade. Um ser misterioso, que é obviamente o Diabo, propõe-lhe um dilema terrível: tocar uma campainha mágica e matar, à distância e de imediato, o riquissimo Mandarim Ti Chin-Fu, que vivia nos confins da China.
Este simples gesto faria dele o herdeiro e senhor de uma imensa fortuna! Teodoro cede à tentação mas o crime, mesmo executado telepaticamente, não compensa... Pode-se cometer um crime, ainda que não se suje as mãos, e sem a policia descobrir? A consciência pessoal e o remorso podem perdoar? A morte não tem retorno e os maus actos também não....
Deveria Teodoro ter tocado a campainha?
CC
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