Um reflexão do professor João Paulo Amaral sobre o crescimento exponencial do fenómeno turístico em Portugal e os desafios que este suscita no âmbito social.
T(urismo) Inclusivo
Ao longo do século XX a atividade
turistica assistiu a um crescimento exponencial com especial impacto na
diversidade da oferta assim como na busca crescente por novos públicos.
As férias pagas e a assunção do
direito ao lazer (como uma espécie de contraponto do direito ao trabalho), assumiram um cariz de serviço público e direito social que permitiram a
democratização do Turismo.
As primeiras décadas do século
XXI continuam a marcar esta tendência crescente a que a concorrência
empresarial adicionou uma maior oferta, uma oferta focalizada e preços mais
baixos tentando manter a qualidade do serviço prestado.
O aumento dos cuidados de saúde,
o desenvolvimento tecnológico crescente, a oferta de produtos de apoio cada vez
mais sofisticados, o aumento da esperança de vida e a formação escolar e
profissional têm permitido ver com um olhar renovado que existe um setor da
população mundial que não pode continuar à margem da oferta turística geral.
Numa sociedade tendencionalmente
inclusiva, de tod@s e para tod@s, a preocupação crescente com a oferta
turística inclusiva, destinada a populações portadoras de deficiência ou que
apresentam limitações ao nível da atividade e da participação (como a população
sénior) é hoje um desafio a que urge responder de forma concertada, preocupada
e assertiva.
Urge salvaguardar a
individualidade procurando responder às necessidades especiais de cada um e de
cada uma num contexto de vida e de existência social comum.
Esse é e será o grande desafio de
uma sociedade inclusiva e consequentemente do Turismo Inclusivo. E é neste
contexto, tal como em outras áreas da Formação Profissional, que a Educação
Especial pode e deve dar o contributo que a prática e a formação profissional
específica d@s seus docentes o permite.
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