CINELIMA - Plano Nacional de Cinema

23 fevereiro 2015

E o pássaro voou : "Birdman" é o grande vencedor dos Óscares.


Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), de Alejandro González Iñárritu, conseguiu mesmo levantar voo. Não é uma elevação estonteante, tendo em conta as nove nomeações com que partia, mas conseguiu melhor filme, realização, argumento original e fotografia. O suficiente para se erguer acima de toda a restante concorrência. O realizador garantiu que o filme só existe graças a "muita loucura" e agradeceu a Michael Keaton "por fazer este filme voar".
Resultado de imagem para birdmanLá em baixo, a ver o pássaro passar, ficou "Grand Budapest Hotel", de Wes Anderson. Conseguiu também quatro dos nove Óscares possíveis, mas são todos menos sumarentos - guarda-roupa, caracterização, cenografia e banda-sonora.
"Whiplash - Nos Limites" soma três estatuetas: montagem, mistura de som e actor secundário - entregue, sem surpresas, a J. K. Simmons. Aos 60 anos, com 69 filmes na carreira, o actor recebeu a estatueta que marca a sua estreia nos prémios maiores de Hollywood, pelo papel de um professor de música intempestivo e obcecado.
O terreno das interpretações foi, de resto, todo ele avesso a surpresas. Na recta final da cerimónia, Eddie Redmayne recebeu o Óscar de melhor actor pela sua interpretação de Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo". À quinta nomeação para os Óscares, Julianne Moore leva finalmente para casa uma estatueta, pelo seu papel em "O Meu Nome é Alice".
O Óscar de melhor actriz secundária foi, também como esperado, para Patricia Arquette, pelo seu papel em "Boyhood", de Richard Linklater. Pela primeira vez nestas andanças, a actriz disparou agradecimentos, incluindo à sua "família Boyhood", e aproveitou para fazer uma defesa apaixonada da igualdade de direitos para as mulheres. "É chegada a hora de termos igualdade de salários, de uma vez por todas, e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos da América", afirmou Arquette.
A cerimónia de entrega dos Óscares foi apresentada por Neil Patrick Harris no Dolby Theatre, em Hollywood. Agora, até para o ano e bons filmes...
CC

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