ALENTEJO
Pés
sangrentos,
Mãos em
chaga,
De enxada na
mão,
Descalço os
pés,
Ódio ao
patrão em mente,
Alentejo:
rural e humilde
Quinta
triste dos que morrem explorados.
Pálidos e
mórbidos os homens lavram,
Sabendo que
o futuro de seus filhos
É naquele
mesmo campo, escravizado…
Cantam, pela
força do calor…
Desfalecidos
coro subalimentado.
Esquecidos
pelo regime
Morrem
cantando,
Que nem
tordos abatidos pela própria fome
Com ânsia
esperam a Vila Morena
Minutos após
a meia-noite.
Na primeira
hora daquele dia vinte e cinco
Almejam
mudos que abril os venha libertar…
Diogo
Mendes, 12º B
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