CINELIMA - Plano Nacional de Cinema

25 abril 2018

Poema para celebrar ABRIL



ALENTEJO

Pés sangrentos,
Mãos em chaga,
De enxada na mão,
Descalço os pés,
Ódio ao patrão em mente,
Revolução no sangue..
Alentejo: rural e humilde
Quinta triste dos que morrem explorados.
Pálidos e mórbidos os homens lavram,
Sabendo que o futuro de seus filhos
É naquele mesmo campo, escravizado…
Cantam, pela força do calor…
Desfalecidos coro subalimentado.
Esquecidos pelo regime
Morrem cantando,
Que nem tordos abatidos pela própria fome
Com ânsia esperam a Vila Morena
Minutos após a meia-noite.
Na primeira hora daquele dia vinte e cinco
Almejam mudos que abril os venha libertar…

Diogo Mendes, 12º B

44º aniversário da revolução de abril

     O Agrupamento Lima de Freitas assinalou o 44º aniversário do 25 de abril com a presença de Francisco Louçã, economista, antigo deputado e coordenador do Bloco de Esquerda que, aos alunos do 9º e 12º ano, falou sobre a vida dos portugueses na época anterior ao 25 de abril  de 1974.
    Um quotidiano marcado pelo medo decorrente da vigilância ativa da policia politica (PIDE), da existência da censura e de prisões politicas como Caxias e o Peniche.Um medo que era partilhado, embora de outra forma, pelos governantes/ditadores no poder , que dificilmente continham o descontentamento da população, sobretudo decorrente da guerra colonial que decorreu de 1961 a 1974.
     Foi um encontro, também pontuado pela atuação de alunos, que entoaram canções de Zeca Afonso e declamaram poemas e, no seu final, pelo lançamento de 44 balões, um por cada ano passado da revolução dos cravos que restabeleceu a democracia em Portugal.
   A iniciativa do grupo de História foi da responsabilidade da Professora Manuela Cerqueira, a que se juntou a Biblioteca Escolar, local em estão expostas 44 biografias de personalidades ligadas ao 25 de abril, resultante de trabalhos dos alunos do 12º ano, turma B.




















18 abril 2018

Participação no Concurso Nacional de leitura


A Lima de Freitas esteve representada na 2ª  fase do Concurso Nacional de Leitura (ao nível concelhio), realizado na Biblioteca Municipal de Setúbal, no passado dia 17 de abril.
Demonstraram e partilharam o gosto pela leitura quatro dos nossos alunos, representando todos os ciclos de escolaridade do Agrupamento Escolar.


 

Respetivamente, da esquerda para a direita:

     Secundário - Kattelen Santos, 11º ano, turma D
1º Ciclo - Lara Furtado 4º ano, turma B
3º Ciclo - Inês  Vicente, 8º ano, turma A
     2º Ciclo - Tatiana Martins, 5º ano, turma B


MUITOS PARABÉNS!


15 abril 2018

Oficina de Escrita Criativa com Manuela Ribeiro


Resultados da Oficina de Escrita Criativa com  Manuela Ribeiro.
Textos produzidos pelos alunos do 5º ano, num trabalho a pares, a partir de um excerto  das obras da autora.







O que terá acontecido ao estrelinha, antigo e famoso jogador?

"Aconteceu que ele dirigiu-se ao provador e descobriu que este tinha uma porta secreta no chão.
Quando a abriu, foi sugado para um mundo ao contrário, onde as usavam roupa ao contrário, corriam com as mãos e viam com os pés.
O Estrelinha ficou muito assustado e as pessoas daquele mundo também, porque o antigo jogador ,para eles,  também era o oposto.
Desde então, o Estrelinha arranjou vários pretextos para entrar naquele mundo oposto, mas tão divertido. Criou muitas amizades e aprendeu a falar oposto.
Assim se explica o desaparecimento do nosso Estrelinha".

Ariana Santana
Ana Margarida Andrade       5º D


O que poderá encontrar o Miguel no final do Túnel? Que perigos o podem esperar?


"Mais à frente, o Miguel, ouviu um rosnar muito forte. Apontou a sua minúscula lanterna e conseguiu ver duas bolinhas pequenas a brilhar, eram os olhos de um lobo. Ao mesmo tempo ouviu uma sirene.
Afinal o túnel ia dar à estrada que ficava à beira de um rio e a sirene era de um carro dos bombeiros a passar pela mesma. O Miguel atravessou a estrada, olhou para o rio e viu um tubarão com dois metros e meio que lá andava a nadar. Entretanto sentiu uma coisa esquisita no pescoço e verificou que era uma tarântula cheia de pelos vermelhos e pretos. Ao mesmo tempo, folhas das árvores no chão levantaram-se, era uma cobra a fazer zzzzzz. Ele ficou muito assustado, mas na realidade todos os animais que tinha visto, nenhum lhe tinha feito mal, por isso acabou por ficar amigo de todos estes bichos para sempre".

Bernardo Martins
Pedro Gonçalves                                 5º B




O que poderá ter acontecido na quinta? Quais as novidades que o senhor joãozinho sabia?


"De facto, as novidades eram péssimas. Ao que parece andavam a desaparecer            algumas coisas da quinta, como rações,  utensílios de maior valor e mesmo animais. Claro que estas “novidades” levaram os três amigos a tentarem resolver este mistério.
Até ao momento não tinham nenhuma pista. Mas estavam decididos a continuar. Começaram por observar a criada e acabaram por descobrir que esta passava a maior parte do dia a lamentar-se de ter aquele trabalho e não outro em que poderia ganhar mais algum dinheiro. Estas lamentações poderiam ser motivo para roubar.
Nesse dia, à noite, os três amigos ouviram uns passos que vinham do celeiro. Aterrorizados, levantaram-se e foram ver o que se passava. Viram alguém com um mascara preta, quando o ladrão tentou pegar um porco, escorregou e a mascara caiu. As suspeitas dos três amigos foram confirmadas, era mesmo a criada que andava a roubar a quinta.
Os três estavam mortinhos para contar aos pais e avós que tinham resolvido o mistério do assalto à quinta".

Carolina dos Santos Bruno
Mariana Bernardo Trindade ……..5º ano, turma C


Muitos Parabéns!





23 março 2018

Encontro com escritoras


Na continuação da Semana da Leitura na Lima de Freitas, foi a vez da escritora Manuela Ribeiro dinamizar uma oficina de escrita criativa junto dos 3º e 5 º anos.
O ponto de partida foram textos das suas obras: "Chuteiras Voadoras", "Assalto à Quinta" e " O Cantor Careca".
Foi uma atividade que exigiu algum empenho e concentração por parte dos alunos. 




Sandra Carvalho, uma das mais promissoras autoras do género "romance fantástico", partilhou momentos da sua história de vida e entusiasmo pela literatura junto dos alunos de Português do 9º ano.
Aliando a realidade histórica a um espaço paralelo de sonho e magia, as obras da autora, transportam-nos para um universo de fantasia que a ninguém deixa indiferente.

Este foi mais momento em que todos festejamos o gosto pela leitura e pela sua diversidade.




 



13 março 2018

Encontro com o autor Miguel Almeida


Miguel Almeida nasceu em 1970.
Licenciado em Filosofia (Variante de Filosofia da Ciência) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também fez o Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente, exerce  funções docentes na Escola Secundária Cacilhas-Tejo, em Almada.
O autor tem já um percurso consistente no campo da literatura, ensaios, romance, contos infantis e, sobretudo, poesia.
Deste seu percurso ( e da sua viagem  pela literatura portuguesa), deu a conhecer aos alunos dos Cursos de Educação e Formação de adultos, ano âmbito da disciplina de português.

O encontro com o escritor culminou com a leitura de alguns dos seus poemas, partilha que envolveu os presentes e suscitou o seu interesse, também, para outras leituras por este sugeridas, nomeadamente as de Manuel da Fonseca, poeta, romancista e cronista, autor de “Cerro Maior” e “Seara de Vento”.






08 março 2018

Semana da Leitura 2


Participação do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas na atividade; "Setúbal: uma baía a ler". Dramatização do texto "A coisa que mais dói no mundo " de Paco Liván.... atuação da turma F do 9 ano, ensaiada pela professora Silvina de Expressão Dramática, em articulação com a Biblioteca Escolar. ( 6 de março Fórum Luísa Todi).








Semana da Leitura 1


Participação das Escolas do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas na atividade; "Setúbal: uma baía a ler".
Apresentação da peça " A capuchinha verde" como forma de alertar para o risco de incêndios nas nossas florestas.
Trabalho desenvolvido no âmbito das atividades de enriquecimento curricular em articulação com a Biblioteca Escolar.



02 março 2018

Educação Especial de A... Z


                             I
FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
Por vezes é necessário voltar atrás para reaprender a caminhar.
«O caminho faz-se…», dizia o poeta.
Torna-se necessário porque não existe.
Mesmo que lá esteja. A sua presença é irreal. Difusa.
Apenas toma contorno de realidade quando sobre ele se caminha.
É este o seu propósito é essa a sua função.
Facultar a caminhada. Deixar seguir em frente. Indicar rumo.
O conceito de Flexibilização Curricular não é novo. Faz parte do nosso léxico docente. É recurso de discurso permanente.
Porém quando confrontado com a urgência da mudança educativa, com a necessidade de alteração das práticas docentes, o conceito perde significância. Torna-se discurso. É sempre «feito»… «tod@s fazemos»… mas difícil de percepcionar.
Recentemente a tónica da política educativa em Portugal voltou a colocar a Flexibilização Curricular na ordem do dia e na agenda de cada Escola e de cada Agrupamento de Escolas.
Segue, passo-a-passo, as orientações que têm sido emanadas através dos documentos orientadores da UNESCO e adotadas um pouco por todo o mundo.
Procura-se renovar a Escola naquilo que ela tem de mais precioso. O seu recurso principal e a razão da sua existência: os alun@s. Não esquecendo porém tod@s aqueles que são pilares de uma comunidade educativa e sem @s quais a caminhada perde sentido: @s educadores e os docentes, @s técnicos, @s assistentes operacionais, as famílias e os pais,…
A Comunidade Educativa. A Educação comungada. Partilhada.
Num processo dinâmico de assunção da Escola enquanto espaço de conforto e securança, local de crescimento e de desenvolvimento individual e colectivo, ponto de encontro de valores comuns, zona de colaboração e de partilha, a tónica prática da Flexibilização Curricular é responsabilizadora. Implica cada Escola, cada Agrupamento de Escolas e cada membro da Comunidade Educativa num Projeto de Planeamento, Organização e Gestão comum do(s) Currículo. Tudo isto inserido no quadro da Autonomia Educativa pedida ao longo de décadas pelos professores/as.
Autonomia é possibilidade. Tem de ser Liberdade. Tem de ser, forçosamente contributo para a felicidade… é Democracia…
E, por isso, participação ativa de Tod@s. Sem exclusão.
Sem necessidades especiais que não sejam mais do que aquelas que respeitam a tod@se a cada um de nós na sua diferença.
Na Escola de Tod@se para Tod@s Flexibilizar o Currículo através da construção de projectos comuns (inter, multi e transdisciplinares), da fusão de disciplinas, da criação de novas disciplinas,… gera um imenso espaço aberto à criatividade e de criação.
25%!
É o tempo que temos da nossa carga letiva para sermos comunidade. Para alterarmos. Para construirmos. Para nos implicarmos. Para sermos um pouco mais com @s outr@s.
É tempo de trabalho. É tempo de vida.
É muito tempo. É muita responsabilidade.
Cabe-nos a nós, a cada um de nós encontrar em cada um d@soutr@s, a vontade e a forma alterar o presente…
Para que o futuro possa ser um pouco melhor.
Como disse outro poeta:
«Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas…»
Pergunta-te:
Como é a tua/nossa Escola?
E responde.
Com a convicção que, «…Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo…»

João Paulo Amaral, professor de educação especial, 28 de fevereiro de 2018

Para Ler:

Poema de António Machado y Ruiz, «Cantares»;
Poema de Rúben Alves, «Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas».

Para Escutar e Ver:
https://www.youtube.com/watch?v=XVN1-blatyM
https://www.youtube.com/watch?v=qjyNv42g2XU

                           Imagem :http://podcastnbw.com/archives/1156, 01/03/2018, 11:40h;



Encontro com Alexandre Honrado


Alexandre Honrado é professor, jornalista, investigador e escritor e a BE da Lima de Freitas pode contar com a sua visita no passado dia 1 de março.
A leitura da obra “ Que amor de sons” foi pretexto para o autor dialogar com os alunos do 6º, 8º e 9º anos em torno da sua vida familiar e académica, escrita e, ainda, sobre  as viagens que já realizou e que lhe proporcionam momentos felizes, de enriquecimento pessoal e profissional.
 Honrado fez questão de  explicar a porque “não devem tratar ninguém por você”. Referiu que a palavra “você” tem origem na expressão antiga “por vossa mercê” que era utilizada quando os mais pobres pediam atenção aos senhores que lha davam “por misericórdia”. O autor salientou este conselho:“não se rebaixem”! Não precisam de pedir atenção “por misericórdia” porque a merecem.
Foi um momento muito gratificante que permitiu favorecer hábitos de leitura, base e complemento de todas as aprendizagens.






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